domingo, 4 de dezembro de 2011

Leve-me de volta ao começo.

Leve-me de volta ao começo. Eu estou me perdendo agora, de vagar, como se perder quando somos crianças. Continuamos andando tentando achar o caminho de casa, mas fica cada vez mais longe, cada mais escuro. Eu não consigo mais carregar esse peso em minhas costas, eu não posso mais continuar no caminho errado tentando achar o certo. Estou me sacrificando por você, estou fechando meus olhos e querendo acordar entre as flores, ou entre a água que consegue levar impurezas pela correnteza. Amor, leve-me de volta ao começo. Aceite minhas desculpas e não permita me fazer te deixar.
Eu sonhava com isso todas as vezes que me deitava na varanda, eu fechava meus olhos e rezava forte pra que isso acontecesse. Sim, alguém como você. Só que agora o corredor esta quase explodindo, é muita coisa pros meus olhos enxergarem. Estou me cegando e ficando pra trás. Porque agora você me da tudo, tudo que há de ter em seu peito doce e quente. E eu não oferece-te nada, além de um corpo vazio e gelado. Só que quando eu for embora sofrerei tanto ao ponto de querer me afogar. Sofrerei tanto que não saíram lágrimas porque já irei ter perdido-as entre essa mentira e ilusão de mim. Porque quando eu me for você já terá oferecido tudo que tinhas. E eu irei querer oferecer, só que vai ser muito tarde. Você vai estar longe, eu arrependida, sozinha e com uma tremenda vontade de me afogar.
Leve-me de volta ao começo. E desta vez não siga comigo no caminho. Eu posso te levar ao inferno, mesmo quando eu gostaria de ir aos céus. Ou então me prenda, me faça sentir e tremer. Aperte forte tuas mãos e pare de falar, me faça sentir. Roube o doce de uma criança e pela primeira vez na vida. Me faça acordar sobre a água ou entre as flores. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário