segunda-feira, 4 de abril de 2011

Ah, garoto.

Estávamos lá. Eu, você e minha falta de lucidez de sempre. Eu teria três dias e depois poderia nunca mais o ver novamente, nem admirar – mesmo que de longe – esse sorriso que me deixa absolutamente e inteiramente em algum tipo de psicose ou hipnotização. Incrível como todas as vezes que eu te vejo meus nervos se exaltam. Não é como quando os olhos brilham de paixão, ou quando o coração acelera de nervosismo. É melhor do que tudo isso. Eu começo a tremer, e pular – e quase caio – Meu sorriso não se desfaz e muito menos se encolhe em disfarce. Não consigo negar, ou mentir. Você é algum tipo de feiticeiro garoto. É a unica explicação pra tudo isso, tudo aquilo, e tudo que nem aconteceu. Do lindo e admirável menino da minha escola, passa a ser meu amor platônico. Eu jamais poderia te alcançar e esta tão distante da minha realidade. Muito álcool em um só corpo. Muito desejo em um só olhar. É claro, você nunca soube da minha existência. Mas meche nos/com meus instintos. Ah garoto, você é o tipo apaixonante que arranca suspiros em toda e qualquer balada de uma madrugada de sexta-feira. O que mais além de 'mais uma' eu poderia ser pra você? Mas não me importava, se pelo menos você sorri-se e sorri-se pra mim. Ilusão? Não. Porque eu nunca esperei mais do que uma batida qualquer em um lugar cheio demais pra gente ficar em uma distância plena. Não sei que dia era, mas era um show. Talvez eu até curtisse a tal não tão boa e clichê banda. Mas estávamos todos lá, meus amigos e minhas bebidas preferidas. O ar estava me sufocando, na verdade – a falta dele – Precisei ir para um lugar maior, melhor e mais escuro, com outro tipo de musica e de cheiros. Inevitável não te olhar naquela porta, parado, como quem não quer nada – mas sempre querendo algo – Desculpe-me, meus olhares foram descontrolados no momento em que escutei sua voz - mesmo quando não proferiu uma só palavra – Sim, as horas foram passando e eu ficando ainda mais envolvida naquela falsa e trágica cena que se formava em minha cabeça. Um amigo em comum e o resto eu não lembro, ou não consigo contar. Pegou minha mão, chamou pelo me nome, sorriu e me deu um beijo. Todos poderiam ver uma garota que beijou um desconhecido sem nem ao menos dizer Oi. Todos poderiam pensar o que quisessem. Mas ninguém saberia o quanto eu desejei aquilo e o quanto eu congelei quando tocou minha pele. Ninguém saberia que havia muito mais ali, do que uma balada e musicas divertidas. Lembro como se fosse ontem,como se fosse agora. Sinto o seu calor, o modo como pegou-me pela cintura e me rodou pelo ar, em teus braços. Sinto como se fosse agora o que senti quando me olhou nos olhos e sorriu, aquele lindo e gigantesco sorriso que eu desejaria pela vida inteira. – A festa acabou – Nos encontramos algumas vezes e você me falou algo sobre nunca mais ter conversado ou só jogado palavras fora contigo. E eu iria conseguir? Ah garoto, se você soubesse o que me causa. Fevereiro, mês da melhor festa do ano. Muito entorpecente em meu corpo que já não conseguia sentir nada. Muita coragem pra alguém como eu, e ali em frente, você. Proferi algumas palavras e sai. No outro dia, te vi observando-me por algumas longas horas. Mas eu não poderia me aproximar, não sou nenhuma das suas vadias que esta disposta sempre que quiser. E nem conseguiria, porque você ainda me faz gaguejar. No dia seguinte, lembrei, relembrei, e revivi fatos. Ri de mim mesma e percebi que talvez eu prefira assim. Não sendo alguém que você tem quando quiser. Ou sendo só aquela menina que as vezes você pergunta como ela esta, através de outras pessoas. Ou aquela que você não lembra o nome. Se lembra ou não, eu não sei. Mas eu prefiro assim, te observar, te encontrar quando o acaso aparece. Ver você sorrir, chegar em casa e sonhar com o único Imprinting que já tive até hoje. Não é amor, nem paixão, nem ilusão. Mas é algo melhor do que isso. Estarei sozinha em minha cama as 5 da manhã, mas me gosto assim, viajando em pensamentos e sorrindo como uma criança boba. Do que pendurada no telefone, esperando que você retorne minhas ligações ou então chorando escondida por ter que te observar com outras e dizer " Não pode ser meu. " Você marcou, e fundo, aqui no meu peito. Mas só como um desejo comum e não um amor avassalador. Obrigado por me dominar tanto e ver que mesmo querendo-te assim, jamais precisei de você pra respirar.

" Pudera todos os amores ser assim.. e é, você é incrível. Até algum dia euforia. "

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