domingo, 13 de março de 2011

Eu apenas precisava falar.

Eu não queria escrever sobre isso. É difícil. Mas quando eu sinto esse aperto no peito, sem saber o que é.. me resta apenas correr para meus refúgios. Correr e jogar todas as palavras foras. Não tenho mais papel, pois joguei-os no lixo junto com as tuas mentiras desfalcadas e promessas mal cumpridas. Eu não tive tempo de pensar, nem tempo de me entender. Sinto agora como se eu tivesse apenas deixado de lado tudo isso. Como se eu não tivesse resolvido tudo. Veio outro alguém, que me abraçou e me deu carinho quando eu precisei. Me deu mais do que palavras. - O que você, nunca fez. - E aí eu simplesmente ignorei o fato de derramar uma lágrima se quer por alguém como você. Mas hoje, dois meses depois, me sinto estranha. Sinto um pouco de náuseas e uma psicose que não me deixa descansar. Eu mudo meus planos, mudo meus pensamentos, meu foco. Mas naquele mínimo minuto que tenho pra descansar isso volta a tona. E imunda-me por inteira com pensamentos de " Poderia ter sido diferente. " - Mas não foi, e não vai mais ser. - Eu estava aqui, em tocada com meus sonhos e meus desejos. Eu estava aqui, sorrindo, enquanto alguém cantava pra mim na webcam. Enquanto alguém pegava na minha mão e dizia que eu era especial demais pra ser sua tola. Mas em um brecha você veio, se aproximou. Talvez tenha sentido saudade ao sentir meu perfume. Mas eu queria apenas te odiar. - E te odeio. - Mas só as vezes, só quando você não sorri de volta, ou quando age como se eu fosse só mais uma. Porque você sabe que eu não sou. E eu te amo, essa é a primeira vez que admito. Eu sei que te amo, amo as nossas brigas, nossas brincadeiras, nossas mentiras. - Mas só as vezes. - Só quando você me olha, e eu sinto que com sinceridade, sente a minha falta. Não me fale em voltar, por favor. Não ouse ficar mais próximo do que o permitido. Sempre foi tão teimoso, mas desta vez, entenda que será o melhor pra você. Confesso, minha cabeça esta ocupada com outro. Aquele lembra? Que não me deixou abandonada em um banco na noite de Natal. Aquele que segurou-me pela cintura quando eu quase me suicidei na avenida. Não moveria mais nada por você. E nem se querer o beijaria. É como se eu te odiasse e te amasse ao mesmo tempo. Mas eu aviso, não tente ser como antes. Eu não sou como antes, e agora eu te faria sofrer. Como na primeira vez, você sofreria. Eu te faria arder e gritar. Não por querer, mas porque meu lado jurídico esta apostando que eu consigo te destruir. Não aceite se um dia eu quiser sentir teu perfume. Agora eu mordo. E não quero te envenenar. Siga sua vida, eu estou seguindo a minha. Assim, meio que entrelinhas, mas estou seguindo. Tudo bem, desta vez eu tenho carona pra voltar pra casa. Encontre alguém legal, assim como diz a musica que me mandou dias atrás. Fique com o que tem de mim ai. E não jogue fora, não se desfaça. Quando eu estiver bem distante eu deixarei que sinta saudades. Mas por favor, não me fale em voltar. Porque toda vez que se aproxima, minha unica vontade é te deixar no chão. E eu não quero te ver sofrendo, não como você fez comigo. Porque eu sou melhor que tua arte de insulto. Porque eu sou mais forte do que teus olhares amedrontadores. Vá, ela esta te esperando, toda em preto e um batom vermelho. Eu sei que você não gosta muito disso. Mas a gente se acostuma. Eu me acostumei com teu jeito matador de ser. E nem sempre preferi que fosse assim.

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