quarta-feira, 9 de março de 2011
Conheço-te, só não o encontro.
Nunca senti aquele abraço caloroso. Ou frio. Também nunca ouvi aquela voz que acalma meus tímpanos. Nunca vi sua boca mexer para me dar ou devolver um sorriso singelo. Não vi seus dedos mexendo ao tocar minha canção preferida no violão enquanto a noite caia. E nem ao menos senti o cheiro, o perfume, a essência. Mas eu sonho, meio que de vezenquando. Mas sonho. É como se estivesse aqui, me aquecendo, me envolvendo em teus braços. Agora posso dizer que conheço-te. Porque de qualquer forma imagino-te. E sinto saudades. Saudades dos passeios. E da forma como me fazia largar gargalhadas ao vento. És tão diferente dos patéticos que conheci. E tão parecido com o ultimo idiota. Mas é você, de uma forma ou de outra. E tem vezes que acordo e encontro seu perfume em meu quarto. Com jeito de que a segundos saiu do banho e apressada-mente saiu para tomar seu café na rua, como praxe. Vejo um bilhete no sofá. Você diz que esteve ali. E esteve? Não vi, não encontrei, acordei tarde demais. É assim que o sinto, tão perto capaz de me fazer matar a saudade. Tão longe incapaz de machucar. Nunca o encontrei em encontros casuais. Nunca o encontrei por acaso. E nem ao menos consegui saber como pode ser tão doce ao proferir palavras quaisquer. Crueldade do destino? Talvez. Talvez ela só esteja me ajudando a não sofrer outra vez. Mas eu daria a eternidade pra te enxergar. Fosse do alto da ponte. Fosse na parada de trem. Mas eu sonho, e as vezes me parece que você seria o cara certo. Eu faria teu café, te ajudaria com a louça. Vestiria sua camisa antes de dormir. Te levaria ver estrelas e te contaria sobre a lua e também sobre tudo isso que aqui deixo. Eu faria de ti uma inspirassão. Apenas para tocar a minha canção preferida e avisar-lhe, que eu existo.
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