terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Que comece no medo.
Confesso! Tive medo, tive medo daqueles olhos, daquelas pessoas, dos costumes. Eu tive medo que não pudesse mais voltar, tive vontade de ir pro mar e não voltar mais. 11 km de bicicleta e talvez eu mudaria a minha vida. Estava preste a entrar em colapso comigo mesma, com a minha alma. Pensei em desistir, em voltar pra casa, pro meu canto, pra minha gente. Mas fui forte. Não voltei. Chorei algumas noites, imaginei histórias, desejei que o tempo passasse e nada acontecia. Eu estava com medo e você sabia, e isso me fazia fechar os olhos e rezar. Até que um dia decidi mudar, crescer, sair do casco. Não esperei por nada, não desejei nada, não almejei. E incrível-mente tudo aconteceu, tive histórias, tive pessoas, tive sorrisos. Não esperei absolutamente nada e tive tudo o que eu sonhei ter desde quanto embarquei no ônibus que me levaria ao destino. Parei de ter medo, e vi que teus olhos já não eram tão assustadores. Não esperei, e recebi de recompensa, as melhores férias da minha vida. Estou pronta pra mudar, estou pronta pra crescer. O mundo deu as voltas que pode, e eu não quis me despedir. Porque sabemos que eu vou voltar, amanhã ou depois. Terei que arrumar as malas, e sem dar adeus, começaremos uma nova vida. Que comece com medo, e termine com sonhos realizados. Tive que parar de esperar, pra perceber que muito melhor do que criar expectativas é se surpreender. Quando fecho meus olhos e lembro começo a sorrir. E isso sempre foi o que eu quis. Nada mais, nunca importou.
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