segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Em uma segunda-feira do primeiro dia.

" Se eu te amar, eu te aviso. " E avisei, e não escutou. Até fingiu, chorou, tentou farsar socos por todo o lado. Precisava de mim, e eu como trouxa fiquei. Tentei uma outra história. E que dessa vez fosse diferente. E foi. Acabamos bem. O pior veio depois, quando já não éramos mais nada. O pior veio depois quando ousou me ferir onde não podia. Quando conseguiu mexer no meu ponto mais fraco que pudera existir em mim. Alguns meses se passaram e eu não acredito que postarei sobre você mais uma vez. Talvez seja a ultima. Talvez não. Mas enquanto me incomodar, enquanto algo aqui dentro ainda palpitar irei descarregar-me por aqui. Onde ninguém vê, ninguém sabe. Sinto falta daquele sorriso com uma leve janelinha na frente me dizendo que uma hora ou outra eu iria ter que crescer, e que eu deveria as vezes pensar um pouco mais em mim. É amigo, se você estivesse aqui eu concordaria e diria o quanto me faz falta. Outra vez escrevendo sobre idiotas. Idiotas pelos quais eu sempre me apaixono. Talvez por pensar que você seria o certo é que se tornou o mais errado de todos. Foi incrível, sabe? A nossa história. Foi incrível do começo até o final. Ou até quase o final quando resolveu olhar para os lados. Manhã de segunda-feira, primeiro dia de aula. Eu já esperava pelo susto, só desconhecia a reação. Você estava lá. Tão lindo e sorridente como sempre. Capaz de fazer qualquer uma se apaixonar a primeira vista. Capaz de deixar bobas sorrindo também. Eu não poderia chegar tão perto, a primeira coisa que encontrei foi teus olhos que de tão doce me prenderam a um olhar fixo e profundo. Você ainda sorria com seus amigos, enquanto eu fugia. Você percebeu, sempre soube quando eu precisei de um abraço. Mas fugi, não por covardia. Mas porque não poderia enfrentar aquela rebelião de olhares que ali se encontravam. Em todo esse tempo nunca imaginei que sentiria o que sentia o te ver. Eu não sei explicar, não era amor, não era paixão e nem nada parecido. Talvez fosse saudade. Tão sufocante capaz de me fazer lembrar-te por todos os corredores que eu andava. Tão forte capaz de me fazer enxergar-te em todos os lado que eu olhava. Eu tive que agir normalmente, não tive coragem de te enfrentar cara a cara, mas eu via que me observava. Dos pés a cabeça. Mesmo que disfarçadamente. Eu conseguia ver. Não parava de olhar meu sorriso, aquele que um dia foi teu preferido. E por isso eu me fechei. Sai, afastei, não sorri. Algumas horas depois o encontrei no corredor, ainda sorrindo, falando alto. E olhando. Eu só consegui voltar rápido. Não consigo disfarçar e você até riu. Passou perto demais, em uma fração de 2 segundos eu quis jogar tudo pro alto e te pedir um abraço. Em segundos eu quis fechar os olhos, apertar-te forte e sentir teu perfume entrando entre minhas narinas e meus poros. Mas não o fiz, é claro. Fiquei triste, com raiva. Me machucou tanto que deixou magoas até hoje. Outro ano, eu devia também ter outros amores. Mas não tinha, e não tenho. Até tentei, quis me apaixonar por algum sorriso. Mas todos já estavam envolvidos, mesmo que sem me contar, mesmo entre disfarces. Me sobrou essa magoa, esse rancor que eu não queria sentir. Me sobrou de olhar e imaginar o que nem aconteceu. Mas imagino-te bêbado, sorrindo demais, olhando profundamente. E não era para mim. É a vida, o ciclo. E eu precisava escrever. Amanhã é terça-feira. Vou estar muito mais próxima do que imagina. Mas agora apenas pra te provar como nem se quer carinho eu tenho. Alias, não provarei nada, não serei nada. Porque você quem vai sentir, quem não vai ser. Porque você quem ira querer que eu fuja ao te ver nos corredores, ou então que me esconda. Só que você já não significa nada pra mim, e escrever sobre algo não quer dizer que o amamos. Quer dizer que somos fortes o bastante pra falar sobre isso sem se quer derramar lágrimas. Você vai esperar minha desesperada fuga e olhar amedrontado, quando eu vou apenas sorrir e dizer " dai manolo. " Assim como faço, com todos e qualquer um. 

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