quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Se ao menos as palavras me bastassem.

Muitas pessoas quando estão quase sem voz, quando algo entala na goela, procuram aconchego nas palavras, procuram extravasar em forma de poesia. E eu seria só mais uma, se eu também soubesse fazer poesia. Se ainda me restassem palavras que eu nunca ousei propor. Mas o que me resta agora? Não sei como começar, muito menos aonde tudo isso deve e vai acabar. Não sei sobre o que eu falo, não consigo inventar mais titulo. Perdi as rimas, perdi o gosto. O sono bate bem de vagar me demonstrando quando os olhos estão quase fechados. Estou explodindo por dentro, é como se fosse um outro eu, pedindo e implorando por renovação. Sei que tenho mil idéias pulando em minha mente, assim como também sei que se eu quisesse eu poderia escrever um livro, ou mais do que um, só sobre esse assunto. Esse assunto que nunca tem fim, que não me tem poder. A fome foi embora, o sono ainda de leve permanece. Mas meus dedos não encaixam com as teclas, e assim eu não consigo dizer tudo que esta cozinhando aqui.. no meu estômago. Se ao menos eu pudesse sentir borboletas, se ao menos eu pudesse chamar isso de paixão. Se ao menos eu soubesse o nome dessa criatura para quem eu escrevo noite e dia.. e se, e se. Talvez se algum dia eu sentasse aqui em baixo dessa arvore, e me deixasse levar pelo som do vento, pelas palavras confusas. Quem sabe assim, eu conseguiria dar um nome a esse sentimento, talvez assim, eu conseguiria dar um nome a você, que tão desconhecido, vive dentro do meu peito..

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