domingo, 24 de outubro de 2010
Pouca importância.
Jamais quis ser refém de um tolo amor, se o mesmo não valesse a pena. Sempre quis viver apaixonada, pela vida, pelas coisas, pelas pessoas, pelos perfumes. Na minha vida inteira desejei loucamente que minha euforia nunca acabasse, mesmo que durasse uma noite, alguma horas, um fim de tarde. Eu queria apenas aquela sensação de vida entrando pelos meus poros e parando em uma velocidade máxima no meu coração. Sou louca e patética quando preciso. Sou tão tola e engraçada quando quero. Minha ironia te deprime, talvez minha chatice incomode mais do que o necessário. Mas essa sou eu, e tentar me definir, seria estar me colocando valores. Aceito ser refém de uma vida cheia de magia e loucura ao mesmo tempo. Talvez eu até me sentisse confortável com uma espada na mão quando fosse dar um mergulho do riacho mais alto que existisse. - E estaria eu feliz, se fosse só isso. - Não gosto do que acontece agora, não gosto de carregar comigo velhas paixões. Tenho uma caixa onde as guardo, mas essa me prende de uma maneira tão forte que não tenho palavras. É patético e infantil ainda estar escrevendo sobre isso, sendo que a muito já acabou. Mas algo ainda vive dentro de mim, talvez uma saudade, ou apenas uma pergunta que ainda não consegui resposta. Você partiu e não como os outros, porque ainda deixou um pedaço de si aqui. Talvez em meu quarto, ou então só nos meus textos. Se tivesse me feito mais feliz do que fez, eu não julgaria te colocar aqui. Mas foi igual, e eu não fui a sua regra. Só por isso, você como os outros, merece um texto meu. Ou talvez um milhão de textos. Algumas pessoas pensarão que é para a pessoa errada. Outras pensarão no individuo certo. Mas só eu, completamente sei de quem falo, como falo, do que eu falo. Não sou mais aquela menininha de 13 anos que entope meu quarto de tristeza aos sábados a noite, ou que me afogo em próprias lágrimas. Também não sou aquela mulher totalmente madura que consiga apenas dizer adeus e não pensar mais nisso. Mas mesmo não sendo aquela criança indefesa, ou aquela adulta sem indecisões. Eu sou só eu, e isso já me basta. Não amo, e talvez eu quisesse amar. Não desejo e talvez eu quisesse desejar. Sinto náuseas quando te vejo, sinto arrepios de nojo. Talvez eu sinta isso e não quisesse sentir. Mas você deveria ter pensando melhor antes de mexer com tudo o que há no meu estômago. Não serei aquela meiguise de sempre, me declarando ou implorando por uma volta. Porque quando atirei todas as fotos naquele riacho, acredite, maioria do que eu sentia por você foi junto. Por isso hoje, não penso em você, apenas penso no que fizeste ou deixaste de fazer. Mas não se preocupe, não lhe julgarei, nem esquecerei, nem procurarei. Porque hoje para mim, você já não tem tanta importância assim.. e não acreditar nisso, seria um erro seu.
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