Sinto uma obscena vontade de escrever cada vez que minha mente esta tumultuada, que eu estou vivendo algo, que eu não estou fazendo nada, ou simplesmente que eu estou escutando – minha musica predileta – Boston. É como se eu estivesse babando de palavras e já estivesse me afogando, como se eu quisesse saborear mais e mais dessa imaginação fértil de sempre. Mas ao mesmo tempo é como se eu me sentisse vazia, como se eu já não soubesse mais o que é conseguir contar algo através de míseras letras que tem o poder de nos dominar a mente. Sento em qualquer lugar e logo elas estão me tomando por inteira. Aí vem as duvidas, as indecisões.. a solidão que sou. Ultimamente isso esta me atormentando de um modo tão fatal que já me parece normal, é uma saudade que fica, é outra que vai. É uma resposta que tenho, é outra que quero. Seria tão mais fácil se eu pudesse voltar a uns meses atrás. O fato é que o tempo não volta e todos sabemos disso, perdi as palavras, perdi a motivação por algumas coisas e isso não me deixa ser boa o bastante para lhe contares o que esta acontecendo. Porque no fundo nem eu mesma sei, não entendo minhas reações, não entendo esse monte de controvérsias. A nostalgia domina o lugar, e isso é como se eu estivesse partindo ao meio. É de signo, é de geração ter a indecisão como algo que literalmente me define. Mas se eu pudesse me livrar desse mal, mal esse que não é tão mal assim, mas que faz com que eu queira enlouquecer, com que eu queira terminar logo com tudo isso que talvez nem mesmo exista. Planejar nunca foi meu forte, nunca foi meu gosto. Mas no fundo eu sempre acabo fazendo isso, penso demais, exigo demais. E isso faz com que eu perca coisas que nem sabia que eram de meu pertence. Procuro trajes que me chamem atenção, procuro amostras, procuro perfumes. Mas não tenho encontrado quase nada, como se tudo estivesse vazio, como se todas as encomendas estivessem se perdendo pelo caminho da minha vida. Não quero parar de escrever, estou cansada de começar algo e nunca o por um completo fim. Mas não tenho mais nada aqui, nenhuma palavra que seja forte o bastante para lhe impressionar. Estou pedindo socorro, estou em estado de choque comigo mesma, estou em desespero. Como a não ser assim, eu conseguirei dizer o que estou sentindo? Não tenho certeza de nada, tenho vontade de chorar, espernear.. de fugir. Mas pra onde? Em todos os lugares encontro a imensa e real solidão como acompanhante principal. Meu coração esta apertado, minha cabeça esta explodindo. Não consigo mais viver em uma atmosfera que me tira os pés do chão, mas que nunca me mostra o caminho certo de descer sem que seja caindo e me esbugalhado ao chão. Meus olhos estão cansados de tentar encontrar uma direção, meu coração, meu ser, meus instintos estão exaustos de tentar achar alguma cura para essa doença, doença tal que não tem nome, não tem sintomas, não tem certezas. Amanhã talvez seja difícil, ou então mais fácil do que eu pensei que seria. Talvez encontrar sua fase linda, com um sorriso radiante, me cure. Ou talvez me deixe em pedaços. Quero, mas não quero viver assim. Cansei de fantasias que nunca saem das histórias de quadrinho. Cansei de mim mesma, das minhas palavras, e dessa náusea que me da todas as vezes que eu começo a pensar em enlouquecer. - E isso me preocupa. - Choro mesmo sem motivo, fico louca mesmo sem razão. E isso não esta certo, viver assim não esta e nunca estará certo. É como estar na lama e querer estar limpa, é como se esse cheiro me tomasse por inteira. Me tire daqui, me salve disso tudo, me seqüestre, me leve com você. O álcool é um veneno, mas tem certas coisas dentro de mim que eu preciso matar. Me divirto vendo meus sorrisos favoritos, me perdendo em timbres conhecidos ou desconhecidos. Gosto dessa tua calma e de como você explode do tipo vulção. Customizar coisas, grudar coisas, mudar coisas. Queria poder fazer isso comigo mesma, e não perder a coragem. Quero que você fiquei aqui comigo e que não me largue ate eu me sentir completamente renovada. Mas também quero correr esse perigo que é ter você me abraçando. Me deixe enlouquecer de amor, ou então me ensine como se apaixonar por você. Quero ser sua, mas quero me sentir libertada de todas essas mágoas. Não quero ter que tomar decisões, quero que isso saia da minha cabeça, quero que isso saia de dentro de mim. Não vou me preocupar com o que é certo ou errado. Não vou te machucar, e ficar te observando apenas de longe, suponho que seja uma ótima opção. Te abraçarei quando eu precisar, estarei sempre ali como antes. Procurarei o perigo em seu quarto quando eu precisar, estarei sempre ali.. de longe. Não serei sua, mas você será meu, mesmo que de longe. Não me terás quando quiser, mas farei você jurar seu amor. São dois caras, dois sentimentos. E pudera eu, gostar de apenas um. Você é a calma, a imensidão. Você é a loucura, a gargalhada no meio da madrugada. Não te machucarei, não me terás, e eu te tereis. Não me machucara, não me terás, e eu te tereis. Não suma para sempre senhor perigo, eu sempre vou estar aqui quando quiser algum tipo de droga. Não suma para sempre senhor analgésico, eu tentarei te achar quando precisar de algum tipo de cura. Não tomarei decisões, porque o que eu quero eu já sei. Não mais enlouquecerei, porque de sério aqui, eu só quero a minha felicidade. Que de um modo ou de outro, não esta em nenhum dos dois. Me desculpem, mas vocês ainda não me conhecem.. tão bem. (...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário