Você confia, entrega-se por inteiro, doa-se, acredita, coloca fé, estende a mão, oferece o ombro, acredita em olhares. E no fim, você cai.
A 15 anos ainda não sei o porque das pessoas me tratarem, me verem ou sei lá o que, assim. Não entendo porque fazem isso. E me atingem. Quem sabe eu seja um pecado sem perdão, ou talvez eu seja voltada de mentiras. Tantas vezes acreditei nas pessoas, muitas vezes algumas me ajudaram, enquanto outras me apunhalavam pelas costas. Nessa jornada, fiz, conheci e perdi muitos amigos. E também alguns inimigos, pra ser bastante justa. Algumas pessoas têm medo de mim, outras se assustam ao meu ver, fogem do meu olhar. Eu não sou mal assim. Eu só procuro aconchego, verdades. Eu só procuro meu ponto de paz, e não quero atingir ninguém, com meus raios leizer's. Eu sei que errei, muitas vezes fui injusta. Julguei quem não merecia. Não acreditei, em quem devia. Mas hoje eu vejo, de que valeu me dar tanta ajuda, me fortalecer, me escutar e opinar. Se quando eu mais preciso, simplesmente apostam a minha felicidade. De que adiantou eu chorar de arrependimento. Se hoje quando eu menos olhei, conseguiram ver quantos meses eu seria capaz de viver uma louca paixão. Não entendo, não me acostumo com tamanha crueldade e não quero conviver com tipos assim. Tudo bem, dançamos, fomos felizes. Mas eles deviam saber que quando eu menos me preocupasse, era quando eu mais precisava. Sei que quem é de verdade realmente enxergou e entendeu-me na hora certa. Mas é tão forte essa dor de você confiar e pior. Achar que têm alguém contigo. Quando de repente, ela se torna outra por trás de tudo isso. Nunca gostei de cortinas, em nenhum lugar. Pois eu sabia que poderia ali atrás se esconder um inimigo. Ele estaria ali, vendo-me pelo escuro e pelas frestas, para quando eu estivesse dormindo, no meu ponto fraco, ele atacar. Sempre preferi vidros, assim talvez eu pudesse ver com clareza o quanto são ou não puras as criaturas. Queria ver tudo isso de longe, os animais ficam mais bonitos assim. Mas sem perceber, ja invadiram meu jardim. Agora estou a procura de um veneno. Minha jóia rara, meu exemplo. Minha anfitriã maior. Eu sabia que eu poderia enfrentar todo o mundo, se você estivesse aqui. Você sabia que por ti, eu daria a minha vida, mesmo ela sendo pouca diante do teu valor. Eu me entregaria e não olharia para trás. E agora você simplesmente se vai, agora quem não olha pra trás é você. Quem não volta para me alcançar o lenço é você. A culpa foi minha, eu deixei você ser carregada pela dor de me ver ser, tudo aquilo que você não queria. Um dia eu disse " Me deixa. " E agora você esta fazendo isso. Se eu pudesse voltar atrás, teria colocado tampões em seus ouvidos, antes de pronunciar estas palavras. Pois minha brincadeira no momento de raiva, se realizou. Agora você.. tão grande, tão valente, mas para mim, meu pequeno. Não vou ousar por palavras aqui por você. Talvez eu já não as encontre, ou talvez você só não mereça. Mas como de costume, e como os outros. Também perdi você pelo caminho e bom.. isso já não têm tanta importância. Estou anestesiada a qualquer dor. A única coisa que ainda resta, são meus pensamentos, que estão a me levar a loucura. O medo também ainda bate por aqui. Quem sabe no armário, talvez debaixo da cama. Mas eu sei que ele esta por aqui. Todos sabiam, que meu medo era de viver sozinha. E não que eu esteja. Mas já consigo me sentir assim. Não consigo ver melhoras, nem se quer carona para algum lugar. Não vejo caminhos a minha frente. Permanecer da mesma maneira sobre a superfície esta me machucando. Não sei como terminar, e assim como aquilo que nunca começou. Talvez eu me deixe assim.. pela metade.
" Se você encontrar meus vestígios em algum lugar, favor se comunicar. Tente rápido. Seja a minha cura.. biiiiiiiiiip. "
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