Escuto a mesma canção por horas. O disco já esta meio riscado de tanto persistir em repetir. Hoje escutando o meu bom som dos anos 80, me lembrei vagamente daquele senhor do ano passado. Aquele velinho que morava perto da minha antiga casa, na mesma rua. Aquele que eu encontrava toda a manhã, quando passava pela rua solitária. Lá estava ele, sentado na sua cadeira de balanço, com um pala. Observando o grande e brilhante sol de inverno. O calor voltou e eu percebi que a rua ficou em silencio. A cadeira ainda esta lá no mesmo lugar. O sol agora mais forte, ainda esta a raiar. Mas ele. Ele eu nunca mais vi, nunca mais encontrei. Aonde foi parar aquela alma tão pura, que me mostrava segurança através dos olhos. Aonde foi parar aquele velho humilde sonhador, que eu encontrava durante todas as manhas? Muitas perguntas. Nenhuma resposta. Tenho medo que ele tenha partido, sem me deixar ver, pela ultima vez o seu breve e simples olhar, de afeto vindo dele, plena as 7 da manhã.
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