O amor.

Sempre optei por ser feliz. Quase sempre mantive os pés no chão - Ou pelo menos era o que eu pretendia. - Sou uma grande indecisão e talvez meu nome seja esse. Nunca sabia ao certo que roupa ficaria melhor, qual era o meu perfume preferido, ou que cor minhas unhas deveriam ficar legais. Não soube de nenhuma maneira qual meu tipo preferido, e por culpa disso me julguei eclética. Não sei se gosto mais do preto e branco ou das cores e texturas misturadas. Nunca soube se eu gostava mesmo de voar.. Mas sempre tive certeza sobre o amor. Sobre esse amor. Não sou capaz de lembrar quantas vezes eu disse que não amaria mais. Nem sei mesmo se amei todas as vezes que disse que amei. Mas não era assim com aquele amor, aquilo era certeza, mesmo quando eu menos demonstrava, era quando eu mais amava. Mas podemos exigir que alguém nos ame? Não. Não podemos e não devemos exigir nada de ninguém. Isso seria farsa demais. Hoje não tenho medo de dizer que amo, porque eu amo, amo mesmo. Porque eu desejo muito isso, porque eu sonho com isso. Já disse que não escreveria sobre amor? Que fracasso. O amor é o sentimento mais belo que se pode existir, e ao contrario do que algumas pessoas acham. Ele não nos traz dor, ele não nos faz chorar. AMOR NÃO MATA. Amor, faz a gente renascer e viver de novo. O amor é lindo, e é pleno. Não existem formas para demonstrar, não existem palavras para descrever. Existe apenas sentimentos. Que só vai entender o quanto ele é ou não grande, quem sente. Já ouvi alguns dizerem que não queriam amar, por resultado disso trazer dor mais tarde. Mas eu desconheço algum amor que traga dor. Posso ser julgada ao escrever esses termos. Mas o que sufoca não é o amor, é a saudade que temos. O que nos faz chorar não é o excesso e sim a falta de amor. O que nos faz querer sumir, não é o amor em si, mas sim todas as lembranças de coisas que não poderemos mais voltar a viver. Amar alguém nunca trouxe feridas. Amar alguém, pode trazer cicatrizes. Mas cicatrizes de que valeu a pena e não de cortes feito pelo mesmo. Desconheço um amor violento, e quem bate e diz que ama deveria ser julgado como mentiroso. Ninguém que ama, abandona. Ninguém que ama, maltrata. Ninguém que ama, faz se sentir lixo. Quem ama, apenas ama. Quem ama sabe a hora certa de sorrir e nos faz sorrir mesmo sem querer. Quem ama, nos abraça no frio, olha nos olhos e deseja que o tempo pare. O amor não precisa de promessas, e nem de juras eternas. Precisa apenas de plenitude, de sinceridade, de confiança. Quem ama, confia. Quem ama, cuida. Quem ama, protege. Durante 15 anos foram poucas as vezes que eu vi o amor, que eu encontrei com ele. Uma vez eu estava em um banco na praça. Minha companhia era a minha espera. Olhei ao longe, e vi um casal. Eles se quer transmitiam palavras, eles apenas se olhavam, sorriam, ele a agarrava pela cintura e a rodava, como se não estivesse ninguém olhando. Aquilo me fez sorrir. Porque pela primeira vez, eu vi o amor, diante dos meus olhos. Eu poderia estar enganada, mas ali, havia muito mais amor, do que se pode imaginar. Muitas vezes me perguntei: " Porque só eu não mereço-o? " E sabe hoje eu rio disso, porque eu sei que eu senti o amor, que eu enlouqueci de amor. Eu sei que meu sorriso e minhas piadas foram por amor. Sei também que cada abraço era de amor. As vezes meio sem querer eu deixo cair algumas lagrimas, mas não por culpa de amar. Por culpa da saudade. Antes eu me sentia morta e morria, e julgava o amor um dos piores sentimentos que podemos sentir. Mesmo sem saber que aquilo se chamava desprezo e não amor. Hoje a saudade me sufoca e isso é o que me faz chorar. Hoje as lembranças e saber que não poderei mais voltar a viver aqueles momentos machucam e fazem meu coração doer. Mas sei que isso é apenas a consciência de que acabou. E não culpa de eu amar loucamente alguém que não pode estar aqui. Vou guardar tudo que foi bom, porque sei que esse amor, foi a melhor coisa que já me aconteceu. E só sabe que vive, quem conhece e quem SABE viver um amor.

Como disse Mário Quintana: " É tão bom morrer de amor e continuar vivendo. " .. e eu, concordo.