Eu sempre procurei um caminho que me levasse aonde eu quis estar. Sempre tentei viajar em imaginações, e isso me fazia ter utopia. A cada pensamento, uma fragilidade fazia com que meus olhos brilhassem. Talvez de alegria, talvez de euforia, ou porque simplesmente lagrimas iriam se formando aos poucos.
Era o meu maior poder, e eu acreditava nele. Era tão intenso que chegava a parecer que fosse real, ou que talvez de certa forma eu já teria vivido aquilo. E era tão simples, barato.. Eu precisava apenas fechar meus olhos. E logo vinha sem esforço algum, aquele belo dia, eu deveria ter uns 7 anos de idade. A idade da fantasia, a melhor idade da minha vida. Havia um riacho, com correnteza, e muito verde. Minha memória um pouco ofuscada ainda lembra. Logo a frente, um cemitério. Mas eu não ficava assustada, e eu até gostava. Corria pelos campos colhendo margaridas, pedaços de retalhos ficavam pelo chão. Eu peguei aquele cipó, e segui diante o riacho. No final havia dois velhos. Muito experientes em relação a vida. E ali intacto neles, um sorriso. Eu jamais vou esquecer daquilo, da facilidade que era conseguir sorrir. Do quanto mágico era poder nadar contra a correnteza, do quanto lindo e fácil era se atirar de um penhasco. Não havia medo constante, eu gostava mesmo de correr riscos, e era por isso que eu vivia. Para celebrar e conhecer uma nova vida a cada dia que se passava. Eu poderia sair de lá com grandes aranhões. Mas com certeza meu sorriso no final do dia compensaria tudo. Com isso eu aprendi a viver. Com isso eu aprendi como é fácil ser feliz. E todas as vezes que eu reclamo eu lembro daquele velho tempo, onde varetas me fazia gargalhar, onde floresta para mim, era um mundo mágico. Como é possível esquecer tudo isso? Como é possível deixar de dar valor para essas coisas? Hoje em dia, ser feliz se torna raro. Se torna confuso e difícil, para cabeças de pessoas como nós. Hoje uma vareta se torna obstáculo, quando antes era qualquer coisa que quiséssemos. Por isso agora, eu prefiro me distanciar de tudo isso, eu prefiro fazer a minha própria viagem. Apenas fechar o olhos. Faça você também. Apenas feche os olhos, e eu garanto que funciona. Não precisa de comandos, sua mente fará tudo fluir por você. Eu encosto minha cabeça sobre a grama. Dou uma ultima olhada para o céu e logo apos, meus olhos se fecham. Um segundo ou menos se passarão. E eu ja estou longe daqui. Estou naquele lugar aonde eu passava minhas férias de outono. Era tão alto, e ali haviam muitos riscos. Eu teria até medo de me aproximar. Mas não me importava com o risco de acontecer erupções, ou de a ponte desabar. Eu só queria poder mais uma vez olhar aquela vista. Milhões de metros do chão. Era como estar nas nuvens, era como desconhecer a realidade. Era como se tudo fosse possível. Eu desconhecia os perigos, e sabia que por mais que eu tivesse os correndo, aquela vista recompensaria tudo. Cada esforço, cada risco. Aquilo realmente compensaria tudo. Logo mais eu entro no carro e a gente parte, minhas vizinhas eram as montanhas, o ilustre perfeito. A perfeita simetria, do azul do céu, com o verde das montanhas. Ate a estrada naquele momento se tornava mágica. Era como se por cada arvore que passávamos, me passava também uma história. Brincando de achar desenho nas nuvens. Brincando de ser a melhor fotógrafa do mundo. Eu jamais cansaria das fotos, e nem daquelas cores. E mesmo com a chuva aquilo ainda era lindo, porque dava um contraste magnífico. A cerra chegava e se aproximava, e de certa forma se encaixava com todas aquelas pequenas casas, vistas lá do alto. Então eu me aproximava do meu destino, eu já podia ver. Você esta vendo? Você pode ver? Ali, logo em frente. Era tudo o que eu esperava, era tão azul e tão brilhante. As ondas batiam tão rápidas sobre as rochas. Mas não era como guerra e sim como encaixes. A rocha precisava das ondas, assim como as ondas, da rocha. Era estranhamente perfeito. Ali estava eu, os velhos amigos, e você. Ali estávamos nós todos, e eu via apenas sorrisos, brilho no olhar. Eu conseguia apenas sentir a felicidade constante perto da gente. No fim de tarde, tiraríamos aquela foto perfeita, todo mundo pulando pro alto, com as mãos pra cima como quem iria buscar as nuvens do céu... Depois o flash, aquele que guardaria todos esses momentos. Dês da altura absurda e perfeita. Até o pulo mais alto, que daríamos, para toda a nossa felicidade. BIIIIIIIIIIIP! ..Era apenas o despertador, me avisando que o sol já havia se põsto, e que eu precisava voltar para casa. Essa história é mais uma daquelas outras milhões que eu imagino todos os dias e que ainda ei de viver e realizar. Viu? É mesmo fácil assim. Apenas feche seus olhos e a sua mente fluirá por você. Acredite, SEMPRE funciona...
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