Sabe, me pego pensando em tudo o que eu queria pra mim, em todas as riquezas e todas aquelas roupas coloridas, que chegam me dar cede. Penso em cada estrada com o super carro e também em cada festa do tipo granfina. Eu vejo as pessoas em geral, e penso, como será mesmo a vida delas, será que elas são mesmo tudo o que mostram ser, tudo o que a gente acha que são, será que elas tem a felicidade que seu rosto mostra. Ou será apenas mascaras, ou será que se escondem atrás daqueles vestido, e escondem as lagrimas pela maquiagem. Será que depois da festa elas ainda sorriem feito bobas, e será que o namoro é tão bom como demonstra ser.. ? Eu não sei, afinal, ninguém sabe, a não ser elas mesmas. Cada um tem sua felicidade e cada um sabe o preço a pagar. Talvez as viagens não sejam tão divertidas, e as fotos enganem, e quem sabe, elas nem se amem tanto, mas fazem isso parecer real. Quem sabe discussões, impeçam que elas durma tranqüila quando por a cabeça no travesseiro de pena de pato. Ou quem sabe, elas sejam mesmo, tudo aquilo, tudo aquilo que nós sabemos e achamos. Mas esse é o risco que eu não quero correr, essa é a vida que eu não quero pra mim, essa é a história que eu não desejo fazer parte. Desejos todos temos, mas podemos saciar, quando tivermos capacidade disso. Só não quero correr o risco, de ter que mostrar minha vida de um jeito que ela não é. É disso mesmo que eu gosto, é de me divertir todos os dias na rua com meus amigos, é de sair catando dinheiro pra comprar alguma bobagem, é de fazer placas e comemorar os dias mais bestas que pode haver. Gosto de suar e ver que tudo que eu ganhei foi com meu esforço, gosto de pular alto e cair sobre a poeira, e quero sempre ser assim, nadando cada vez mais rápido, mesmo que seja o contrario da correnteza e se eu me afogar, saberei que não foi sozinha, porque é nessa vida, aonde eu tenho muito mais do que amigos comigo, aonde eu tenho irmãos e a certeza de que são de verdade. Sim, é disso e dessa vida que eu gosto. É desse jeito simples e comum, de ser feliz. É do sorriso verdadeiro e de todos os abraços que me aquecem. Talvez eu goste mesmo de ver o por do sol daquele riozinho e não da sacada de meu quarto, talvez eu goste mesmo de empurrar o fusca velho e não de comer poeira na camionete, porque talvez, eu goste de ser feliz assim, e não de fingir um sorriso em meu rosto.
" É mesmo assim, tão raro e simples, ser feliz. "
Nenhum comentário:
Postar um comentário