quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Velhas fotos.
Olhando as velhas fotos, escutando as velhas musicas, lembrando dos velhos amigos. Fotografias que não poderão ser rasgadas, trocadas, apagadas. Elas ficam aonde ninguém pode tirar, ficam dentro do nosso coração, cada momento, cada silêncio. Elas vão amarela, desfaze e sumir, mas no peito esta guardado tudo que vivi. São lembranças, bons momentos, momentos que a testemunha maior era o flash de cada sorriso, o aperto de cada abraço. São felicidades que só de ver, me da vontade de sair pulando e querer que não acabe nunca. Dói saber que algum dia o destino poderá ser ingrato e tira-los de perto de mim, é péssima a sensação de saber que um dia eles podem não estar mais aqui. Cada um pro seu canto, cada um com uma nova história. E venho a me perguntar se eu os aproveito como devia, se eu do o valor que merecem, se eu sou grata a eles .. Me pergunto se eu quero que essas fotografias, sejam apenas fotografias.. lembranças do que passou. Ou se eu quero que a cada dia existam mais momentos assim, mais dias felizes, se eu quero senti-los mais perto. As vezes por um longo tempo me sinto distante, ausente, incompleta. Diante de tudo, sem eles eu me sinto como se não fosse nada. É, sou mesmo dependente disso, porque com eles não vivo perdida da utopia, com eles eu não apenas penso, mas realizo. E me sinto de certa forma realizada por inteira. Como se nada me faltasse. Mas parece que hoje não é como antes, talvez a culpada seja eu. Sempre querendo me ariscar, sempre entrando em aventuras. Alguns não concordam e eu não ligo pra isso, se afastam e no final eu estou sozinha. Cansei de ser assim, não que eu pense só em min. Mas talvez meu egoísmo seja grande se referindo a isso. Necessito do calor dessas amizades por perto, mais perto. O ego de viver me distância, as vontades não matadas me afastam, a inveja alheia acaba com tudo. Com eles era como se só nós existíssemos, sem medos, com coragem pra enfrentar qualquer coisa. Cada esquina uma história, cada sorriso uma alegria. Era tão bom quando ficávamos um tempo sem se ver e depois o abraço era apertado. Lugares que passamos, fotos que tiramos, coisas que imaginamos. Desejos maiores, loucuras que só nós entendíamos. Eu volto no inicio e os verbos sempre estão no passado, como aquelas fotos em meu armário, elas estão ali, cada uma com sua história, mas sempre na monotomia. Sinceramente não gosto nada de ver minha vida assim, cansei de passado, cansei de futuro, queria apenas viver hoje, como se o amanha não fosse chegar, viver apenas hoje, cada instante, como se fosse o ultimo. E talvez isso, seja pedir demais. Mas sei que não depende só de mim, e a saudade só machuca, queria outra vez, sentar na nossa rodinha, contar piadas, rir de qualquer coisa sem graça, tirar as fotos de costume, mas desta vez, com datas novas. Agora eu vejo, que eu era feliz .. e não sabia.
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